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Bolsa apresenta queda de 0,75% puxada bancos e Petrobras

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Nesta sexta-feira (16), a Bolsa de Valores apresentou mais um dia de resultados negativos influenciados por queda nas ações da Petrobras (-1,87%) e de bancos. Com isso, o índice fechou em baixa de 0,75% e 98.309 pontos.

A desvalorização das ações da petrolífera se dá devido ao recuo de 1,2% no preço do petróleo Brent, que é usado como referência da commodity, como consequência da redução da demanda em regiões altamente consumidoras de petróleo nos EUA, alta no preço do dólar e aumento nos casos de infectado por COVID-19 na Europa.

Em paralelo ao mal desempenho das ações, mencionadas acima, no pregão de hoje, seguem tensões no radar econômico.

Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a dívida bruta brasileira em 2020 vai passar os 100% do Produto Interno Bruto (PIB). Tal dado coloca o Brasil como segundo país no grupo dos emergentes, atrás apenas da Angola, a possuir uma dívida bruta tão alta.

O relatório aponta que a estabilização entre o PIB e as dívidas públicas não acontecerá antes do ano de 2025.

Soma-se a isso o temor por parte de economistas de um calote do governo em relação à divida de R$643 bilhões, que precisa ser quitada entre janeiro e abril do próximo ano. O temor surge da situação crítica atual do país frente à crise sanitária e o fato de que a equipe econômica ainda não conseguiu levar a diante o projeto de ajuste fiscal.



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Movimentação das ações

Maiores altas:

• Braskem (BRKM5) – 5,58%

• Suzano Papel (SUZB3) – 4,61%

• Klabin (KLBN11) – 3,99%

• Usiminas (USIM5) – 3,87%

Maiores baixas:

• Cogna (COGN3) – 4,17%

• Estacio Part (YDUQ3) – 3,30%

• Santander BR (SANB11) – 3,12%

• Notre Dame Part (GNDI3) – 3,04%

Dólar

Mais uma vez a moeda americana avança, registrando ganhos de 0,25%, cotada a R$5,64.

Mercado Internacional

O Departamento de Comércio dos EUA divulgou nessa sexta-feira (16) que as vendas no varejo cresceram 1,9% no mês de setembro - resultado acima do esperado por analistas.

A alta nos gastos dos consumidores vem sido influenciada principalmente pela ajuda do governo aos desempregados.

Destaque hoje para o anuncio da farmacêutica Pfizer que poderá pedir autorização dos Estados Unidos para uso emergencial da vacina contra o novo coronavírus. O pedido deve ser feito até o fim do mês de novembro, quando informações sobre a eficácia ou não da vacina, que já se encontra em estágio avançado de testes, poderão ser analisadas.

Assim, os principais índices de Wall Street fecharam com viés positivo. A Dow Jones avançou 0,39%, S&P 500 0,013%, contudo a Nasdaq caiu 0,39%.

Na Europa o dia também foi de ganhos. A DAX da Alemanha subiu 1,62%, a CAC 40 da França apresentou alta de 2,04% e a IBEX 35 da Espanha avançou 0,48%.


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Método Investimentos

Luis Outi

https://investidorindependente.com/

Amante do mercado financeiro. Trabalho no mercado financeiro desde 2008, especializado no mercado de renda variável e de derivativos, também conhecido como opções.