Semana se inicia turbulenta nos acionários mundiais com denúncias de ilicitude na operação de grandes bancos, eclosão de novo surto de Covid-19 na Europa e Banco Central chinês mantendo os juros de referência inalterados.
As palavras de ordem que guiaram os cautelosos traders nesta segunda (21/09) foram: apreensão e aversão ao risco. Em síntese, o que se viu foram pregões fechando no negativo no mundo todo.
No oriente, boa parte da economia chinesa já retornou aos patamares antes da crise deflagrada pelo Covid-19. O estimado é que consiga manter a performance positiva.
Por isso, o Bacen chinês não pretende ampliar por um longo período uma política monetária baseada em taxas de juros baixas e o suporte ao mercado de trabalho. Provavelmente, o que virá pela frente é a elevação das LPRs (taxa primária de empréstimo referencial para um ano).
Desta maneira finalizaram os pregões asiáticos: Xangai Composto (China) -0,63 % a 3.316,94 pontos, Shenzhen Composto (China) -0,52 % a 2.208,30 pontos, Hang Seng (Hong Kong) - 2,06% a 23.950,69 pontos e Kospi (Seul) -0,96% a 2.389,39 pontos e Taiex (Taiwan) -0,63%, a 12.795,12 pontos. Em razão do feriado, a bolsa de Tóquio não operou hoje.
Já na zona do euro, as bolsas foram severamente impactadas, tanto pelo receio em relação à adoção de novas medidas sanitárias restritivas visando conter o avanço da pandemia, quanto pela divulgação das reportagens indicando transações ilícitas bancárias com clientes suspeitos.
Desvalorizadas, terminaram as bolsas europeias: FTSE 100 (Londres) -3,38%, em 5.804,29 pontos, CAC 40 (Paris) -3,74% a 4.792,04 pontos, FTSE MIB (Itália) -3,43% a 19.524,94 pontos, DAX (Alemanha): -4,37% a 12.542,44 pontos, IBEX 35 (Madri) -3,43% a 6.692 pontos e PSI 20 (Lisboa) -2,22% a 4.158 pontos.
Como consequência, os papéis mais afetados foram os ligados ao setor bancário, aéreas e viagens.
Os futuros da Dow Jones registraram 27.074,5 pontos com recuo de -1,92%. O S&P 500 atingiu desvalorização de -1,16% a 3.281,06 pontos.
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Acompanhando os humores mundial, Ibovespa inicia a semana amargando baixa de -1,36% a 96.991 pontos.
O viés negativo se fundamenta nas más notícias vindas do exterior, já que, no mercado doméstico, o parecer do Boletim Focus reduziu a projeção do PIB de -5,11% para -5,05%.
Maiores altas do dia: BTOW3.SA (+4,01%), SULA11.SA (+241%), WEGE3.SA (+2,36%), MGLU3.SA (+1,77%) e BRKM5.SA (+1,47%).
Maiores Baixas: GOLL4.SA (-8,46%), AZUL4.SA (-7,8%), EMBR3.SA (-4,79%), CVCB3.SA (-4,75%) e ECOR3.SA (-4,54%).
Dólar
A moeda americana se valorizou +0,37%, fechando o pregão cotada a R$ 5,4. Esse é o maior patamar em três semanas.