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Diante de otimismo exterior, dólar opera com ganho perto de 2%

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Nesta segunda-feira (03/08), mercados despertam esperançosos com os dados econômicos exibidos pelos chineses, a modesta retomada da zona do euro e os estímulos financeiros sinalizados pelos EUA.

Os resultados mais expressivos vêm do oriente, em especial, dos indicadores aferidos pelas indústrias chinesas, cujo Índice de Gerentes de Compra (PMI) está em plena expansão - 52,8 em julho ante 51,2 em junho.

Influenciados pelo ritmo acelerado, majoritariamente, os pregões asiáticos encerraram o dia em alta de: Xangai (CH) + 1,75% a 3.367,97 pontos, Shenzhen Composto (CH) + 2,39% a 13.964,56 pontos, Nikkei (JP) + 2,24% a 22.195,38 pontos e KOSPI (Seul) + 0,07%. Em sentido oposto, temos: Hang Seng (KR) -0,56% a 24.458,13 pontos.

O ânimo também esteve presente nas bolsas europeias. Principalmente, após os alemães anunciarem que, pela primeira vez desde 2018, as suas atividades industriais aumentaram.

Os futuros europeus registraram ganhos de: FTSE 100 (Londres) + 2,29%, a 6.032 pontos, CAC 40 (Paris) +1,93% a 4.875 pontos, DAX (Alemanha) + 2,71%, a 12.646 pontos, FTSE MIB (Itália) + 1,51%, a 19.379 pontos, IBEX 35 (Madri) + 1,42%, a 6.975 pontos e PSI 20 (Lisboa) + 1,21%, a 4.347 pontos.

Na China, as ações em destaques são as atreladas a produtos elétricos e farmacêuticos. Já em terras europeias, as ações valorizadas foram: montadoras, mineradoras e empresas de construção e materiais.

Apesar do otimismo, os especialistas permanecem cautelosos em suas previsões quanto a Europa, já que não descartam a possibilidade de um endurecimento às restrições em relação à alta de casos de Covid-19.

Outros pontos de alerta são: dúvidas sobre a real capacidade de a economia estadunidense se reanimar e a tensão vinda das fragilizadas relações comerciais entre o país e a China.

Os futuros da Dow Jones (às 17h18) registravam 26.556,00 pontos com elevação de 0,90%. O S&P 500 atingiu valorização de +0,77% a 3.288,25 pontos.

Mercado Nacional

Do lado de cá, o que se viu foi um pregão marcado pela volatilidade do Ibovespa e leve queda registrada no término da sessão: - 0.08% a 102.829,96 pontos.

Dentre as maiores altas temos: CSNA3.SA (+6,29%), BTOW3.SA (+5,6%), JBSS3.SA (+4,46%), BPAC11.SA (+3,85%) e USIM5.SA (+3,32%).

Já as maiores baixas foram: COGN3.SA (-5,19%), RADL3.SA (-4,54%), CVCB3.SA (-3,85%), MRVE3.SA (-3,55%) e IRBR3.SA (-3,39%).

Segundo analistas, neste momento, o foco está nos balanços dos bancos. Já que esses dados sinalizarão ao mercado como corporações com liquidez performaram perante a Covid-19 e, principalmente, apontarão um caminho para nortear estratégias sobre o mercado financeiro.

Dólar

Agosto inicia com forte valorização da moeda norte americana ante o real, encerrando o pregão cotada a: R$ 5,32 (+ 1,92%).

Comparado à sexta-feira passada, o dólar à vista elevou em + 1,15% - R% 5,2185 na venda. Embora, em julho a moeda tenha registrado queda de 4,07%, a maior baixa mensal desde dezembro de 2019.

Por fim, para equilibrar os humores do mercado, o BACEN leiloou swap de até 10 mil contratos com vencimento em novembro de 2020 e março de 2021.

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Luis Outi

https://investidorindependente.com/

Amante do mercado financeiro. Trabalho no mercado financeiro desde 2008, especializado no mercado de renda variável e de derivativos, também conhecido como opções.