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Mercado à vista, a termo, futuro e opções: entenda as diferenças entre eles!

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Com os constantes cortes na taxa básica de juros, os investimentos de renda fixa têm apresentado um retorno cada vez menor. Então, muitos estão buscando na bolsa de valores alternativas de investimento. Mas é preciso saber os diversos seguimentos que ela oferece.

Além do mercado à vista, no qual se negociam ações, por exemplo, há outras possibilidades. É o caso do mercado a termo, mercado futuro e mercado de opções. Você sabe identificar as suas peculiaridades?

Para evitar erros comuns nessa jornada, confira este artigo para esclarecer as principais diferenças entre eles. Vamos lá?


O que é o mercado à vista?

Provavelmente você já ouviu falar a respeito de ações de empresas. É comum assistirmos notícias afirmando que o mercado de ações — ou uma companhia específica— teve uma queda ou uma valorização, por exemplo.

É justamente no mercado à vista que são negociadas ações de empresas. Além delas, é possível encontrar mais alternativas, como fundos imobiliários (FIIs), fundos de índices (ETFs) e certificados de valores mobiliário (BDRs).

A compra e venda deles é realizada por meio de pregões diários na bolsa de valores brasileira (B3). Em um ambiente online, compradores e vendedores negociam os preços com base na oferta e demanda. Toda vez que as partes chegam a um preço em comum, o negócio é executado.

Finalizada a negociação, ocorre a sua liquidação dentro de alguns dias úteis. Com isso, quem vendeu fica sem os ativos ou modalidades na carteira, enquanto quem comprou recebe a posse deles em seu portfólio.


O que é o mercado a termo?

No mercado a termo a compra e venda de ações é negociada em um dia, mas, ao contrário do mercado à vista, o pagamento ocorre em data futura. Isso significa que as partes assumem um compromisso até a data de liquidação do negócio (normalmente, para um mínimo 16 dias).

Em virtude do pagamento não ser realizado no mesmo dia da negociação, o vendedor recebe juros sobre o valor do negócio. A taxa pode ser negociada, mas geralmente fica próxima aos juros encontrados nos investimentos de renda fixa.

Diferente do mercado à vista, no momento da negociação o comprador não precisa ter todo o dinheiro para fechar o negócio. Basta ter uma parte do capital, respeitando a margem de garantia exigida pela sua instituição financeira.

Além disso, nos contratos a termo é possível desfazer do negócio antes de chegar à sua data de vencimento. Por isso, é possível fazer operações nesse mercado com inúmeras finalidades – sejam elas de curto, médio ou longo prazo.


O que é o mercado futuro?

Criado antes mesmo do mercado de ações, o mercado futuro surgiu como uma forma de proteção (hedge) na negociação de commodities agrícolas. Com a evolução da bolsa de valores passou a ser utilizado em outras frentes — não apenas para proteção, mas também para especulação.

No mercado futuro são negociados contratos derivativos com liquidação financeira em data futura. O operador que atua com contratos futuros não compra e nem vende fisicamente um ativo/produto.

Isto é, o trader de dólar futuro, por exemplo, não recebe ou entrega a moeda quando o contrato é encerrado. Ele apenas se posiciona comprado ou vendido em um contrato relacionado a um ativo-objeto, de acordo com suas projeções futuras. Assim, seu resultado se dá na diferença financeira da sua posição, seja ela comprada ou vendida.

A posição do operador no mercado futuro pode ser desfeita a qualquer momento. Vale ser lembrado que os preços dos derivativos negociados no mercado futuro são ajustados diariamente.

Logo, baseado no preço do ajuste do dia da negociação é calculado se o operador receberá ou pagará pelo contrato, facilitando a especulação. As operações podem ser alavancadas, desde que o operador tenha capital para cobrir a margem de garantia exigida.


O que é o mercado de opções?

No mercado de opções são negociados contratos que representam o direito de comprar ou vender determinado ativo por um valor específico, em uma data futura. Para isso, há o pagamento de uma compensação financeira — também chamada de prêmio.

As opções envolvem um lançador (que a oferta no mercado) e um tomador (que adquire o direito de compra ou venda). A decisão final de comprar ou vender o ativo cabe ao tomador. Em casos nos quais não seja vantajoso, ele pode deixar a opção vencer.

As opções mais negociadas possuem características padronizadas pela B3 e possuem vencimento na terceira sexta-feira de cada mês. Elas podem ser usadas para proteção ou especulação. Em alguns casos, é possível realizar as chamadas operações estruturadas.

Nelas, as opções se revelam uma alternativa capaz de proteger o investidor de grandes oscilações de mercado. É possível montar estruturas para reduzir riscos ou mesmo aumentar as possibilidades de ganhos. Mas deve ser usado com cautela e estratégia.


Exemplo

Imagine uma pessoa que pretende comprar uma ação, mas não tem certeza se o papel irá valorizar. Ela pode se valer das opções como forma de minimizar os prejuízos dessa operação, caso o mercado siga uma direção diferente da esperada.

Suponhamos que o preço de uma ação seja de R$ 20,00. Para o interessado evitar um prejuízo inesperado caso a ação desvalorize, ao invés de comprá-la no mercado à vista, ele pode adquirir o direito [opção] de comprá-la naquele mesmo preço no futuro, pagando um prêmio de baixo valor.

Se no vencimento da opção, a ação estiver custando R$ 26,00, o titular da opção terá garantido o direito de comprá-la a R$ 20,00, lucrando a diferença de preços existentes. Agora, se o preço cair, basta não exercer o direito de compra, ocasião em que perderá o valor já conhecido do prêmio.


Conclusão

Como visto, não é muito difícil de diferenciar o mercado à vista, do mercado a termo, ou mercado futuro e de opções. Cada um apresenta particularidades e, por isso, serve a objetivos distintos. Caberá a você avaliar o seu perfil de investidor para decidir qual deles é mais apropriado.

Sabendo disso, não se confunda na hora de fazer um aporte financeiro ou operar na especulação. E nunca se esqueça de que qualquer negociação em renda variável está sujeita a riscos. Por isso, estude bastante para saber manejar a volatilidade.

Ainda ficou com dúvidas a respeito do assunto? Então deixe seu comentário para que possamos ajudá-lo!


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